5 de abril de 2014

Paris is always a good ideia

Acredito que só se sente verdadeiramente uma cidade quando se conhece para lá daquilo que vem nos roteiros turísticos, mas há locais que são incontornáveis em qualquer cidade e outros que se descobrem por acaso e que são agradáveis surpresas.
A menos de 72h de embarcar na aventura pela qual anseio desde os meus tempos de criança, em que passava tardes inteiras a devorar filmes da Disney, decidi fazer algum trabalho de casa.
Como contém informação muito útil para quem vai conhecer Paris decidi fazer um post de forma a partilhar com vocês essas mesmas informações. Para quem não tem oportunidade de o fazer num futuro próximo, espero que consiga "viajar" nem que seja com as imagens e as respectivas descrições :)
Paris... à bientôt!

Paris nunca desilude. Cidade histórica de França, desenhada nas margens do Sena, foi palco de grandes revoluções que marcaram a História do Mundo.
Ao mesmo tempo guarda segredos de arte, religião, cultura, gastronomia e moda, que só o visitante mais apaixonado consegue descobrir. A verdadeira Cidade da Luz.

As longas avenidas rodeadas de árvores, as pontes, os candeeiros de ferro, os cafés com esplanadas aquecidas, os prédios nunca demasiado altos, a Torre Eiffel iluminada, os museus e os monumentos mais conhecidos do Mundo e os crepes de chocolate na rua. Isto é Paris, mas não só. Ao mesmo tempo que tudo lhe possa parecer familiar, a cidade está em constante renovação e crescimento, ainda que de forma regulada, associada sempre a um delicado bom senso, a que se pode chamar elegância. É isso. Elegância. Nenhuma outra palavra descreve melhor a aura de Paris, sendo essa elegância que apaixona qualquer visitante, em qualquer altura do ano.

Divididos pelos 20 arrondissements – uma espécie de freguesias numeradas que se desenvolvem desde o centro até aos limites da cidade, no sentido dos ponteiros do relógio – os vários bairros de Paris mantêm as suas características, que não envergonham a personalidade elitista dos parisienses. Nem os bares mais alternativos do Marais nem a rua mais imprópria para menores, de Pigalle, deixam de ser Paris. Por outro lado, o luxo das lojas do 8.º arrondissement e o Triângulo de Ouro, os museus concentrados nos arredores do Louvre e da Torre Eiffel, a vida estudantil do histórico Quartier Latin e o novo palpitar de tendências do canal de St. Martin ajudam a compor a vida desta cidade, com estrutura de aldeia, onde se pode encontrar desde o mais antigo túmulo egípcio ao mais recente vestido de alta costura, de Valentino. 

Cidade de revoluções várias e movimentos contra-cultura, é conhecida pelos turistas por ser a que tem o maior número de monumentos registados, entre os quais o maior museu do Mundo e a primeira torre de ferro parecida com um arranha-céus, e por ser berço de alguns dos pintores mais ilustres da história da arte, bem como palco de alguns filmes inesquecíveis. Paris continua a ser a Cidade da Luz (que ganhou o título por ser a primeira a ter iluminação pública nas ruas), cheia de brilho e glamour. É para ser visitada com dedicação e muito amor.


As ilhas

Muitas vezes carecidas de especial atenção pela maioria dos turistas, as duas pequenas ilhas do Sena, no centro de Paris, merecem uma visita com tempo. Na Île de la Cité, por onde passa a famosa Pont Neuf, que liga a praça do Hotel de Ville a Saint Michel, fica o centro de Paris. Sim, o centro, a partir de onde são medidas todas as distâncias. Habitada desde os tempos dos gauleses e depois tomada pelos romanos, esta língua de terra no rio é, hoje, o local onde está a mítica Catedral de Notre Dame. Erguida a partir de 1145, é o símbolo do gótico francês, agraciado por diversas esculturas do fim do período românico e início do gótico, ao mesmo tempo que conserva o mais importante conjunto de vitrais medievais do Mundo. Para além de visitar o interior da catedral, uma das melhores formas de a admirar é de barco. Pelo rio Sena, passam, serenamente, os famosos bateaux mouche, que fazem percursos de cerca de 70 minutos. A viagem vale a pena. Logo ao lado da Île de la Cité fica a Île de St. Louis onde se comem os melhores gelados de Paris, na histórica gelataria Berthillon. As ruelas desta ilha, repletas de lojas pitorescas, tornam-na num pequeno retiro muito apreciado.


Marais, Montmartre, Pigalle

Dos vários bairros, há, pelo menos, três que não pode deixar de visitar: o Marais fica nos arrondissements 3 e 4 e é o centro da vida alternativa da cidade, com bares e restaurantes pautados por um carácter cosmopolita e moderno, ao mesmo estilo de imensas lojas de roupa vintage ou de decoração e design. Montmartre, logo atrás da Basílica de Sacre Coeur, nos arrondissements 9 e 18, é conhecido por ser o bairro dos pintores, frequentado por grandes nomes da pintura do Séc. XX, pleno de criatividade e de lojas de antiguidades. Aqui fica o popular café, onde, no filme, trabalhava a Amélie Poulain. Também em Montmartre fica a zona de Pigalle, onde se concentram os famosos cabarets da Belle Époque, como o Moulin Rouge e onde, ainda hoje, permanecem imensas salas de teatro burlesco e sex shops. Não deixe de espreitar também o Quartier Latin, que é o bairro universitário por excelência e zona ilustre e tipicamente literária de St. Germain.




Culto da beleza

Capital e berço da moda, Paris é uma cidade bonita, cheia de pessoas elegantes, com um sentido estético naturalmente apurado, que não as deixa sair de casa de qualquer forma. Isso não significa que os parisienses estejam sempre em compras. Pelo contrário, valorizam a qualidade em detrimento da quantidade. Cidade onde nasceu a moda, como é conhecida hoje, e mãe das grandes casas de alta costura, Paris mantém o título de uma das melhores cidades de compras do Mundo. De artigos de luxo sim, mas não só. O conhecido Triângulo de Ouro, formado pelas avenidas George V, Montaigne e Champs Elysées, é onde se concentram a maior parte das casas Chanel, Dior, Louis Vuitton, Lanvin, Prada e Hermès, bem como na avenida Saint Honoré e nas avenidas circundantes da Ópera Garnier, onde ficam, por exemplo, as galerias La Fayette. Se o orçamento é outro, permita­-se descobrir as lojas de criadores emergentes, vintage e outlets do Marais, da rua Étienne Marcel, rua da Alésia e Canal de St. Martin.




Museus

Por entre tanto por onde se apaixonar, não deixe de guardar umas horas (ou dias) para visitar alguns dos melhores e mais emblemáticos museus da cidade. Para o Louvre deve guardar, no mínimo, um dia inteiro. Deverá planear a visita com base nas obras que mais gostaria de ver, por entre as 35 mil que residem nestas largas galerias. Construído inicialmente como fortaleza e aumentado depois para ser a residência real, o maior museu do Mundo não para de crescer. De túmulos egípcios a estátuas gregas, passando pela famosa Mona Lisa, de Leonardo DaVinci, o Louvre tem tudo e agrada a todos. Bem diferente, mas não menos esplendoroso, é o Museu d’Orsay, que “habita” numa antiga estação de comboios de estilo art nouveau, construída pela ocasião da exposição mundial de 1900, à beira do Sena. A coleção, inundada de luz natural, é composta por grandes obras impressionistas, pós-impressionistas e de art nouveau, de nomes tão míticos como Monet, Giverny, Cézanne, Renoir, Degas, Pissarro ou Van Gogh. Por último, e num estilo ainda mais diferente, visite o Centro Nacional de Arte e Cultura George Pompidou, onde, para além da coleção permanente de arte contemporânea, poderá usufruir de uma generosa biblioteca, exposições temporárias, concertos, ciclos de cinema e várias iniciativas culturais que estão na vanguarda da arte na Europa. O edifício, por si só, é belíssimo e a visita vale a pena.


Gastronomia

Comer e beber bem é próprio dos franceses e comer bem é fazê-lo com requinte, qualidade e apresentação. Talvez a única exceção a isso sejam os maravilhosos crepes quentes com chocolate, vendidos democraticamente em qualquer esquina, ou a famosa baguette, que segue viagem na mão de um parisiense a caminho de casa. Depois, vêm os coloridos macarrons, os croissants, os vinhos, como os de Champagne, o Bourgogne ou o Bordeaux e queijos roquefort ou camembert. Sabores elegantes, muito ao estilo francês, que fazem as delícias dos apreciadores gastronómicos de todo o Mundo.



Paragens Obrigatórias

Notre Dame: A igreja catedral de Paris inspirou filmes e romances. Símbolo da arquitetura gótica francesa, é conhecida pelas suas rosáceas e vitrais, bem como pelas estátuas das terríveis gárgulas que “guardam” a cidade do topo do monumento.



Trocadéro: A melhor vista que pode ter para a Torre Eiffel é no alto do Trocadéro, onde fica o Palácio Chaillot. Daqui poderá ver os jardins do palácio, as fontes, o Sena, a Torre Eiffel e os jardins de Champ de Mars. 



Torre Eiffel: O clássico que não pode perder, mesmo que não queira subir aos 274 metros da terceira plataforma. Cá fora, a estrutura de ferro impressiona. Ainda assim, a vista de 360º sobre a cidade é magnífica, se subir ao cair da noite. Estará mais frio, mas haverá menos filas, e é mesmo muito bonito.



Montparnasse: Não só pelo bairro em si, mas também pelo arranha-céus de Montparnasse. Por quê? A subida ao topo da torre, com mais de 200 metros de altura, oferece-lhe uma das melhores vistas sobre o centro de Paris, com a Torre Eiffel incluída!



Arco do Triunfo: Fica no centro da maior rotunda de Paris, a Praça Charlles de Gaulle ou Etóile (estrela), que faz a ligação entre 12 avenidas da cidade. Construído em homenagem às vitórias militares de Napoleão, oferece uma excelente paisagem do alto dos seus 50 metros.



Museu do Louvre: Para visitar o maior museu do Mundo vai precisar de mais do que um dia, tendo de ir para a fila bem cedo. Enquanto espera, aprecie a vista do palácio que o detém e da enorme pirâmide de vidro que compõe a entrada.



Sacre Coeur: Para muitos, é o local mais bonito da cidade. Pela basílica de estilo romano-bizantino, pela escadaria, pela vista, pelo bairro de Montmartre que a rodeia... A subida ao Sacre Coeur é obrigatória. Pelo caminho, experimente dar uma voltinha no clássico Carroussel Belle Époque, que está no início da escadaria.



Jardin du Luxembourg: O Jardim e o Palácio do Luxemburgo, hoje sede do Senado francês, são um dos locais preferidos dos parisienses para descansar, ler, passear ou apenas desfrutar do sol... O jardim, com vista para a fachada sul do palácio, tem um enorme largo, agradáveis flores e canteiros, cadeiras, bancos e uma esplanada.



Ópera: Também chamado de Palácio Garnier, é um edifício neobarroco belíssimo, que merece uma visita, saboreada com um café na sua varanda. É um excelente ponto de partida para algumas das melhores ruas de compras de Paris.



Praça La Concorde: Fica num dos extremos da avenida Champs Elysées e a sua forma octogonal, rodeada de edifícios, dá-lhe uma grandiosidade ímpar. Foi mandada construir em honra de Luís XV, com a devida estátua que desapareceu na Revolução Francesa. Nessa época, passou-se a chamar Praça de Revolução, local onde foi decapitado o rei Luís XVI e a mulher, Maria Antonieta. O nome que tem hoje só lhe foi atribuído 40 anos depois da revolução, quando foi colocado o enorme obelisco de granito rosa Louksor, oferecido pelo vice-rei do Egipto.


*Nenhuma das fotografias utilizadas é da minha autoria.

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